As Mulheres adiam cada vez mais a chegada da velhice

Para as mulheres, a vida pode começar (de novo) aos 50. A medicina estética e hábitos mais saudáveis permitem que elas entrem na terceira idade longe de doenças incapacitantes e mais distantes ainda da imagem […]

Para as mulheres, a vida pode começar (de novo) aos 50. A medicina estética e hábitos mais saudáveis permitem que elas entrem na terceira idade longe de doenças incapacitantes e mais distantes ainda da imagem de vovozinha, às voltas com os netos, cabelos brancos, bolos no forno e agulhas de tricô. O contraponto é que a luta contra os sinais do tempo começam cada vez mais cedo. “A ideia de envelhecer bem é adiar ao máximo esse envelhecimento. , afirma a pesquisadora Joana de Vilhena Novaes, que estuda as doenças da beleza.

As novas tecnologias aliadas à medicina estética levam a resultados impensáveis. Quem imaginaria nas gerações anteriores uma diva com a beleza e vitalidade de Madonna pulando e cantando num palco, na casa dos 50 anos? “Hoje as mulheres de 50 parecem ter 40, 30 anos. É o resultado da cosmetologia moderna, com o ideal estético de um corpo liso, sem pelos, sem rugas, sem celulite, manchas, ou seja, sem nenhum sinal de envelhecimento”, afirma Joana. “Existe uma obsessão por superfícies lisas.”

A vida não começa aos 50, mas pode ser a melhor fase para as mulheres que chegam a essa idade com saúde e independência financeira.

 Os especialistas garantem: sexo com mais prazer, carreira estabilizada e, nalguns casos, no auge, liberdade sobre a própria vida e auto-estima conquistada. É este o caudal que as mulheres carregam e trazem para a maturidade. Não faltam exemplos para pontuar esta tendência: Jane Fonda, 72 anos, Sigourney Weaver, 61 e Susan Sarandon, 63. Para dar um exemplo concreto, vejamos a marca Chanel, que trouxe de volta à passarela a modelo Inès de La Fressange, de 53 anos, e Tom Ford incluiu no seu último desfile a ex-modelo Lauren Hutton, 67 anos, a jornalista Lisa Eisner, 53, e a actriz Julianne Moore, 50.

 A verdade é que as melhorias na área da saúde introduziram alterações substânciais na esperança de vida, prolongando-a e aumentando a qualidade de vida. Homem e mulher ganharam anos de vida e, actualmente, é frequente chegar-se aos 80, 85 anos mantendo uma vida profissional activa, com saúde.

 Por outro lado, a geração das mulheres que actualmente possui 50 anos, assistiu a alterações profundas em termos de comportamento, pois viveram a sua juventude nos anos 60, década em que as pessoas alteraram a sua visão sobre a mulher, o sexo e as relações. O facto de se veicular cada vez mais uma imagem de mulher poderosa e independente, permite que a mulher comum viva plenamente e com liberdade a sua maturidade.

 Duas condições são fundamentais para essa realização na maturidade, de acordo com os especialistas: saúde e independência económica. É nesta fase que as mulheres passam a usufruir de prazeres e cuidados que, até aqui, dedicaram à família, pois tiveram que provar a sua capacidade como mulher, mãe e profissional. Pela primeira vez na vida podem ser elas próprias, escolher o que querem para si. Muitas sentem-se, por isso mesmo, mais felizes do que quando eram jovens.

 No entanto, este processo não acontece da noite para o dia, até porque muitas mulheres sentem dificuldades em aceitar o envelhecimento próprio desta fase.  E, para estas, a preocupação vai para além da estética. As mulheres cuidam-se, de facto, mais do que os homens: fazem pilates, nadam, cuidam da pele, escolhem o que comem, etc. A razões, no entanto, não são apenas de ordem estética, mas sobretudo para ter saúde. O grande marco é, sem dúvida, a partir dos 50 anos. Se a mulher tem saúde e independência financeira, a sua preocupação passa a ser a procura de um novo caminho, uma reinvenção da própria vida.

 Para muitos, é nesta segunda metade da vida da mulher que acontece um aumento do poder subjectivo. Já alcançaram o que queriam e têm um futuro inteiro pela frente.

Fonte: http://delas.ig.com.br/ http://idademaior.sapo.pt/

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