Entenda o hipotiroiedismo

Entenda o hipotireoidismo de Ronaldo.Saiba tudo sobre o hipertiroidismo, suas causas, sintomas, como diagnosticar e tratar. Veja fotos no final da matéria. O que afetou o atacante Ronaldo atinge 50% das mamães no pós-parto e […]

Entenda o hipotireoidismo de Ronaldo.Saiba tudo sobre o hipertiroidismo, suas causas, sintomas, como diagnosticar e tratar. Veja fotos no final da matéria.

O que afetou o atacante Ronaldo atinge 50% das mamães no pós-parto e muita gente após os 30, 35 anos de idade (na proporção de três mulheres para cada homem) é o chamado hipotireoidismo subclínico. Trata-se de um estágio prévio da doença e que por isso costuma passar despercebido aos médicos menos atentos ou que desconhecem essa fase. Também chamado de Insuficiência Tireoidiana Mínima (ITM), caracteriza-se pelo aumento gradual dos valores de TSH, seguido de sua diminuição. Como o processo pode levar meses ou anos, o ideal é fazer exames de dosagem ao menos a cada cinco anos, caso haja alguma alteração no primeiro exame.

 

MITO OU VERDADE:

Hipotireoidismo é a causa do ganho de peso?

 A verdade: metabolismo lento ou hipotireoidismo não é responsável pelo elevado ganho de peso. O ganho de peso observado estará entre 3 a 5 quilos e, normalmente, não há ganho de gordura corporal, mas retenção hídrica (acúmulo de líquidos no organismo).

 

Causas do ganho de peso:

o ganho excessivo de peso em pessoas que apresentam metabolismo lento está associado a diversos fatores, sendo o principal fator os hábitos alimentares não saudáveis como escolhas inadequadas e quantidades excessivas de alimentos.

 

Excesso de peso e obesidade

a presença do hipotireoidismo, normalmente, não explica um ganho elevado de peso. Entende-se por elevado ganho de peso quando há o aumento de 10 quilos ou de 5 a 10% do peso corporal anterior do desenvolvimento da doença. Assim, se uma pessoa antes de receber o diagnóstico de hipotireoidismo pesava 70 kg, o aumento de 3,5 a 7,0 Kg já é considerado um ganho excessivo não explicado pela doença mas, provavelmente, por mudanças no hábito alimentar e/ou diminuição da atividade física.

 

Diagnóstico e Tratamento

O hipotireoidismo pode ser facilmente diagnosticado por meio de um exame de sangue e é tratável.. O teste identifica se há níveis baixos do hormônio T4 e níveis elevados do hormônio TSH. Essas dosagens podem ser complementadas com a determinação dos anticorpos contra a tireóide (anti-TPO e anti-tireoglobulina), o que identifica a ocorrência da doença de Hashimoto.

Tratamento com hormômio

O hipotireoidismo produz uma baixa ou nenhuma produção de hormônios pela glândula tiróide que é localizada no pescoço. Esses hormônios – o T4 (tiroxina) e T3 (triiodotironina) liberados pela tireóide- são os responsáveis pelo metabolismo do organismo. Entre os muitos sintomas da doença estão a depressão, pele seca, sonolência, prisão de ventre e a retenção de líquido. O tratamento é a base da ingestão de hormônios sintéticos através de comprimidos para repor a carência deles. “A drenagem age da seguinte forma: através da técnica, a toxina e o líquido retidos no corpo são enviados para os gânglios linfáticos. Em seguida, são filtrados pelos rins e eliminados na urina”, explica Flávia Almeida.

O tratamento do hipotireoidismo consiste na reposição oral de hormônio específico (Levotiroxina-T4), uma vez ao dia, preferencialmente pela manhã em jejum. Esse medicamento repõe o hormônio que a glândula deixou de secretar. A dosagem deve ser individualizada. “É importante que o paciente receba a quantidade certa de hormônio”, reforça a Dra. Ivana Victória.

As áreas mais atingidas pela retenção de líquido são bumbum, abdômen e coxa. Além da drenagem, a fisioterapeuta aconselha a beber muito líquido. “Deve-se ingerir de um litro e meio de líquido por dia. Ele dilui a gordura e ajuda a eliminar as toxinas retidas no corpo. Só que Iris nem sempre lembra disso e às vezes bebe pouca água”.

Pesquisas recentes indicam que um excesso de hormônios tireoideanos pode causar perda excessiva de cálcio nos ossos, com risco aumentado para a osteoporose. “Sobretudo em pacientes com doenças cardíacas, a dosagem certa é extremamente importante. Mesmo uma dose pouco excessiva nesses pacientes pode aumentar o risco de arritmias ou piora de angina”, alerta.

 

Efeitos pelo corpo  – Sintomas

Depressão pode indicar hipotireoidismo

“Um sintoma muito comum em pacientes que sofrem de hipotireoidismo, doença causada pela deficiência do hormônio tireoidiano, é a depressão. Muitas vezes, as pessoas que passam a ter o problema costumam buscar ajuda psiquiátrica e, consequentemente, não conseguem solucionar a questão, já que a causa é uma disfunção da tireoide”, diz Ana Luiza Maia, chefe do Setor de Tireóide do Hospital das Clínicas de Porto Alegre.

Fraqueza nos músculos, cansaço e dificuldade de concentração são alguns dos sintomas da doença, além de perceber que seus batimentos cardíacos mais demorados.

Cansaço sem motivo aparente, rouquidão, déficit de memória e da capacidade de concentração, fraqueza, desânimo, câibras e dores articulares, intestino preso, diminuição da libido, taquicardia, alterações menstruais, pele ressecada, unhas e cabelos quebradiços, baixa freqüência cardíaca, inchaço por retenção de líquido, depressão, irritabilidade e aumento de peso.

 Se você tem alguns desses sintomas e ainda não localizou a causa, saiba que eles podem ser provocados pelo hipotireoidismo, uma deficiência na atividade da tireóide – glândula em forma de borboleta localizada no pescoço.

Tantos sintomas se explicam: “Os hormônios produzidos pela glândula tireóide – o T3 e o T4 – atuam na recalcificação da matriz óssea, na contração muscular, na estabilização de impulsos elétricos no sistema nervoso, no metabolismo das gorduras, no ritmo cardíaco e no fluxo sangüíneo”, explica o endocrinologista carioca Tércio Rocha, da Sociedade Internacional de Medicina Antiidade. “É lógico que o déficit de hormônio tireoidiano afete o equilíbrio do organismo como um todo.”

Nem sempre todos esses sintomas se manifestam juntos – se você apresentar cinco deles, ou mais, deve considerar a possibilidade de ter o problema. Além disso, embora eles sejam os mesmos para qualquer tipo dessa doença, sua intensidade varia conforme o estágio. “Eles aumentam em quantidade e intensidade na medida em que se agrava a deficiência hormonal, pois o avanço do hipotireoidismo costuma ser gradual”, diz Claudia Cozer, doutora em Endocrinologia pela Universidade de São Paulo (USP), médica da diretoria da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), de São Paulo.

 

Quem tem mais chance de apresentar ou desenvolver hipotireoidismo?

•Mulheres, especialmente acima dos 40 anos; 

•Homens acima dos 65 anos; 

•Mulheres em período pós-parto (6 meses após o parto); 

•Pessoas com colesterol alto; 

•Pessoas que já tiveram doenças de tireóide anteriormente; 

•Pessoas com história familiar de doenças auto-imunes (tireoidite de Hashimoto); 

•Pessoas que apresentem outras doenças auto-imunes como: Diabetes tipo I, Lúpus e Artrite Reumatóide; 

•Pessoas tratadas anteriormente de hipertireoidismo; 

•Pessoas que estiveram em tratamento de radioterapia de cabeça e pescoço; 

•Pessoas em uso de lítio ou amiodarona; 

•Pessoas com depressão e/ou doença do pânico.

 

 Principais Sintomas – Fique atento(a):

CORAÇÃO: Diminuição dos batimentos cardíacos.

CÉREBRO: Dificuldade de concentração e depressão.

APARELHO DIGESTIVO: Constipação intestinal (prisão de ventre).

MÚSCULOS: Fraqueza, dor e fadiga.

RINS: Retenção de líquidos, levando à edema das pálpebras, principalmente pela manhã.

FÍGADO: Diminuição do metabolismo do colesterol com aumento dos seus

níveis sangüíneos.

ÓRGÃOS REPRODUTIVOS: Alterações menstruais, abortos naturais e infertilidade.

PELE E CABELO: Queda de cabelos, ressecamento da pele.

OUTROS SINTOMAS: Apatia, reflexos lentos, discreto ganho de peso ou dificuldade de perdê-lo e dores articulares.

 

Pós Tratamento

Após o tratamento do hipotireoidismo, o peso deve voltar ao normal, pois o inchaço não será mais observado. Se o peso não voltar ao anterior, provavelmente, ele é decorrente do excesso alimentar.

Emagrecimento

Terminado o tratamento, o esforço que se observará para emagrecer deverá ser o mesmo que se tinha antes do desenvolvimento do hipotireoidismo. Deverão ser adotados hábitos alimentares e de estilo de vida saudáveis e adequados para que haja a eliminação de peso desejada.

Nódulos da Tireóide

 

Perguntas e respostas sobre dúvidas mais frequentes 

1. O que são nódulos da tireóide?

 São saliências, tumefações ou protuberâncias do tecido tireoideano palpáveis ou identificáveis por outros métodos diagnósticos, como: a ultrassonografia, tomografia computadorizada ou ressonância magnética, com características císticas(preenchimento líquido) ou sólidas.

 

 2. Qual a sua causa?

 As causas são múltiplas, pois, a maioria das doenças tireoideanas, sejam elas por bócio colóide, tumores benignos, malignos, cistos e inflamações, podem se manifestar em algum estádio de sua evolução por um nódulo.

 

3. Quais os métodos preventivos?

 A probabilidade de um nódulo de tireóide ser câncer é maior em pacientes mais idosos, com idade maior que 60 anos(cerca de 20%), em pacientes do sexo masculino(17% contra 8% nas mulheres) e em pacientes que receberam irradiação anterior na região o pescoço(acidente de Goiânia ou Radioterapia para tratamento de outros tumores)

 

4. Qual o tratamento?

 Atualmente os nódulos tireoideanos são divididos em benignos e malignos conforme a punção biópsia aspirativa com agulha fina, exame que tem cerca de 98% de possibilidades de acerto. Caso a punção seja positiva para malignidade, a opção de cirur4 é a mais indicada, e em se tratando de nódulo tireoideano com características de benignidade à punção biópsia aspirativa, em paciente jovem com pouco tempo de duração, o tratamento clínico com hormônios tireoideanos tem mais chances de redução do nódulo.

 

5. Quando não tratado o problema, ele pode desencadear outras doenças? Quais?

 Pode haver crescimento progressivo do nódulo com conseqüente compressão das estruturas profundas do pescoço, como traquéia(falta de ar, tosse seca) e esôfago(dificuldade para engolir) no caso dos tumores benignos e os mesmos sintomas, associados à rouquidão, devido compressão dos nervos laríngicos, no caso dos tumores malignos da tireóide.

 

6. Quais as pessoas mais acometidas pela doença? Por que?

 As mulheres são mais acometidas pelos nódulos tireoideanos e tumores malignos de tireóide que os homens, mas em compensação, os homens portadores de nódulos tireoideanos têm mais chances de serem portadores de lesões malignas que as mulheres. Portanto, um paciente do sexo masculino com um nódulo tireoideano único, duro e irregular é mais suspeito de apresentar um câncer de tireóide que uma paciente do sexo feminino.

 

7. Quais os sintomas que o paciente apresenta?

 O paciente se queixa de uma elevação nodular no pescoço que progressivamente aumentou de tamanho ou foi percebida por seus familiares/amigos ou seu médico, durante consulta para tratamento de outro distúrbio não relacionado com o problema em questão.

 

8. Como se faz o diagnóstico do problema?

 A abordagem do paciente com nódulo tireoideano usualmente é clínica, com investigação diagnóstica proporcionada pelo endocrinologista que usualmente solicita ou realiza a puncão biópsia aspirativa com agulha fina, e posteriormente conta com a avaliação de exames de diagnóstico por imagem, como: ultrassonografia, cintilografia, tomografia axial computadorizada e ressonância magnética da tireóide.

 

9. Quais os tipos de nódulos?

 Os nódulos tireoideanos são classificados em benignos e malignos, conforme a punção biópsia aspirativa com agulha fina. Como benignos, encontramos os adenomas foliculares, cistos, bócio colóide e tireoidites(inflamações). Já os tumores malignos(cânceres) são classificados em bem diferenciados(menos agressivos) e pouco diferenciados(maior agressividade).

 Os cânceres de tireóide com menor agressividade que acometem mulheres com idade menor que 35 anos, e possuem tamanho menor que 1,5 centímetro de diâmetro, podem ser tratados com retirada parcial da tireóide(carcinoma folicular). No entanto os tumores mais agressivos com maiores dimensões que acometem pacientes com idade mais avançada, devem ser tratados com a retirada completa da tireóide e dos nódulos suspeitos do pescoço.

 

10. Esta doença é muito grave? Pode levar o paciente à morte ou deixar-lhe seqüelas irreversíveis? Por quê?

 Os nódulos tireoideanos quando em fase inicial, cuja punção biópsia aspirativa não evidencie sinais de malignidade, ou aqueles nódulos tireoideanos com sinais de hipertireoidismo podem ser tratados clinicamente com supressão hormonal obtendo boa resposta. Mas aqueles nódulos tireoideanos mais antigos, já organizados, com fibrose e os tumores e cistos tireoideanos, só são passíveis de cura, mediante a cirurgia.

 Em fase avançada, os nódulos tireoideanos provocam compressão de estruturas profundas do pescoço e quando malignos podem infiltrar tais estruturas(traquéia, esôfago, nervos e vasos sangüíneos) ou levar à disseminação da doença para órgãos distantes como: pulmões, fígado e ossos, desencadeando a morte do paciente.

 Os nódulos tireoideanos, de um modo geral, quando em sua fase inicial, têm mais chances de cura que quando diagnosticados em fase avançada. Dessa forma, pacientes portadores de nódulos tireoideanos devem procurar o Endocrinologista e ou Cirurgião de Cabeça e Pescoço logo no início, para o diagnóstico e tratamento de suas doenças.

 

 Auto-Exame da Tireóide

  

Como fazer o auto-exame do pescoço em 5 etapas 

Material necessário: um espelho com cabo e um copo d’água.

1. Segure o espelho procurando em seu pescoço a região entre o pomo de Adão (gogó) e a fúrcula esternal. Sua tireóide está localizada nesta área.

2. Focalize esta área com o espelho estendendo a cabeça para trás para facilitar a visualização.

3. Beba um gole d’água e engula.

4. Ao engolir observe em seu pescoço se existe alguma saliência ou elevação localizada. Repita este teste várias vezes se necessário.

5. Ao perceber nódulos(caroços), procure um especialista.

 

Fontes:www.minhavida.com.br
http://tireoide1.blogspot.com
www.abril.com.br
http://www.dietajá.com
http://esporte.uol.com.br
http://www.clinade.com.br/atuacao/tireoide.html

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