Silicone para homens! Sim eles também podem

O silicone caiu realmente no gosto dos homens, motivados pela busca da imagem perfeita e o desejo de ter o corpo forte e malhado, mas sem demandar muito exercício físico. Isso mostra que o medo […]

O silicone caiu realmente no gosto dos homens, motivados pela busca da imagem perfeita e o desejo de ter o corpo forte e malhado, mas sem demandar muito exercício físico. Isso mostra que o medo da cirurgia e o preconceito estão diminuindo.

Colocar próteses de silicone nos músculos peitorais não sai por menos de 8 mil reais. Como comparação, numa busca pela internet é possível encontrar ofertas de cirurgias de aumento dos seios por menos de 4 mil e parcelado em muitas vezes…

O professor de Cirurgia Plástica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Dr. Luiz Eduardo Felipe Abla, explica que a técnica de colocar próteses peitorais masculinas é antiga, tem mais de 25 anos. “Antes só era utilizada em casos de reparações, como em algumas doenças congênitas em que a pessoa não tem músculos peitorais. A utilização com objetivos estéticos é nova”, conta Abla. Segundo o médico, as primeiras operações do tipo foram realizadas nos Estados Unidos há menos de 10 anos. No Brasil, a técnica tem apenas dois anos.

Nessas operações as próteses são colocadas embaixo dos músculos. Com isso o peitoral é projetado para frente. Só que no caso dos homens não adianta só colocar o silicone, é necessário continuar malhando, porque se a gordura se acumular em cima do silicone você só vai ficar com “peitinhos” maiores e não mais definidos.

Por outro lado, fazer muito supino ou flexões pode deslocar a próteses. “Os homens, mesmo os que não se exercitam, têm músculos mais forte do que as mulheres. Em alguns casos o silicone pode subir ou descer”, adverte Abla. As orientações médicas são de não exercitar a parte superior do corpo durante um mês após a cirurgia.

A prótese masculina é, obviamente, diferente da feminina, mais quadrada e com um silicone mais duro. A procura por ela é bem menor, o que gera uma falta de informação sobre os possíveis problemas que a operação pode causar. “Já sabemos que próteses com uma superfície texturizada, isso é, que não são lisas, diminuem o risco de rejeição nas mulheres. Porém ainda não sabemos se o mesmo acontece com os homens”, exemplifica Abla.

Braços e pernas

Você pode colocar silicone em quase todas as partes do corpo. Mas algumas áreas são mais arriscadas a complicações que outras. Os braços e as pernas são muito mais suscetíveis a impactos do que o peito ou mesmo o bumbum.

Caso queira dar uma aumentada nos seus braços e pernas, saiba que você vai precisar tomar muito mais cuidado nas suas peladas. Batidas podem fazer a prótese subir ou descer. Pense nisso, diferentemente de ter uma batata da perna grossa, você vai ficar com uma canela enorme.

Além de tudo…

Nos bíceps, tríceps, na panturrilha e nos glúteos, o material usado nas próteses é o mesmo para os dois sexos, só variando no volume e na forma. Já no peitoral os dois implantes são fabricados com dois tipos diferentes de gel, devido às características anatômicas do homem e da mulher. A prótese feminina é arredondada e grossa, já para o público masculino o perfil é retangular e fino, simulando o músculo peitoral.

 Diferente do caso das mulheres, o silicone masculino consegue passar despercebido. A prótese fica com aparência totalmente natural, sendo imperceptível tanto ao olhar como ao toque. Como as próteses masculinas ficam embaixo dos músculos é quase impossível percebê-las, inclusive as do peitoral.

Para fugir da academia e mesmo assim ter um torso grande e bonito ainda precisa enfrentar mais um desafio: encontrar um médico que faça a cirurgia. Como o procedimento chegou ao país há pouco tempo são raros os médicos que o realizam. O nosso entrevistado, o Dr. Abla é um dos muitos que não fazem. Ele está esperando que se tenha mais confirmações sobre quais são os riscos da operação. Ligamos para mais de uma dezena de clínicas e hospitais e nenhum deles colocava próteses peitorais em homens.

 

Por último é sempre bom lembrar que toda operação tem um grau de risco, inclusive de vida. Então, sempre procure referências do médico antes de decidir por uma operação.

 

Dr. Luiz Eduardo Felipe Abla é professor de Cirurgia Plástica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Fonte: jovem.ig.com.br/ viniciusmelgaco.com.br

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