Volta das férias causa depressão e até dói

De acordo com estudo da ISMA-BR, 23% dos trabalhadores são afetados pela doença quando retornam ao trabalho

Em tese, as férias são um período para recarregar as energias e voltar ainda mais disposto para o trabalho – o descanso serviria até para melhorar a produção. Mas para 23% dos trabalhadores entrevistados em uma pesquisa do ISMA-BR (International Stress Management Association no Brasil), a depressão pós-férias seria recorrente na volta às atividades do dia a dia.

Quem mais sofre com a volta às atividades é quem trabalha sem motivação. A maior vulnerabilidade está entre os profissionais das áreas financeira, de saúde, informática, ou que estejam trabalhando fora da sua área de formação. Do total de afetados, 93% alegam insatisfação profissional; 86% não vêem possibilidade de promoção ou aperfeiçoamento profissional; 71% acreditam que o ambiente é hostil ou não-confiável e para 49% há conflitos interpessoais no trabalho.

Os profissionais que sofrem de depressão pós-férias têm sintomas que podem ser divididos em físico, emocional e comportamental. Entre os sintomas físicos, 87% sentem dores musculares e de cabeça, 83% reclamam de cansaço, 42% dizem sofrer de insônia e 28% apontam problemas gastrointestinais. Entre os que sofrem de sintomas emocionais, o sentimento de angústia foi apontado por 89%, ansiedade por 83%, culpa por 78% e raiva por 61%.

Do total de profissionais que sofrem de sintomas comportamentais, 68% dizem usar medicamentos ou drogas, 52% consomem bebidas alcoólicas e 38% ingerem comidas mais calóricas. Os participantes da pesquisa diagnosticados com a doença foram aqueles que identificaram sofrer mais de um sintoma.

Sugestão para minimizar o impacto da volta

Férias mais curtas

De acordo com Ana Maria Rossi, presidente da ISMA-BR, “tirar férias é fundamental para recompor as energias. Mas para manter os benefícios ganhos nessa fase é interessante que os profissionais dividam as férias em períodos mais curtos e mais frequentes, ao longo do ano”. A especialista afirma que essa estratégia minimizaria o impacto do retorno à rotina.

O estudo foi realizado com 540 profissionais das cidades de Porto Alegre e São Paulo, entre 25 a 60 anos de idade.

 Fonte:IG

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