Comprimentos mais longos e cor no verão 2011

Além dos comprimentos maiores a temporada internacional trouxe também linhas clean e transparências  Paris – Quase um mês atrás, em Nova York, no começo da temporada de moda de primavera, o jovem estilista Prabal Gurung […]

Além dos comprimentos maiores a temporada internacional trouxe também linhas clean e transparências

 Paris – Quase um mês atrás, em Nova York, no começo da temporada de moda de primavera, o jovem estilista Prabal Gurung disse durante uma prévia da sua coleção que ele gostaria de se posicionar contra os minivestidos apertados que dominaram as passarelas pelos muitos últimos anos. Os vestidos dele iam até a metade da canela, o que, naquela ocasião, parecia um pouco fora de moda. Agora eles parecem visionários.

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 Após 28 dias e centenas de coleções apresentadas em quatro cidades, a mensagem mais óbvia dos desfiles de primavera é a queda das bainhas – em muitos casos até o chão.

Não se pode dizer que essa foi uma temporada conservadora, não com a orgia de cores e estampas ou, paradoxalmente, muitas roupas que eram transparentes ao ponto de invisibilidade. Ao contrário, a temporada foi a poderosa mudada de jogo pela qual compradores e editores estavam esperando – apenas para dar aos consumidores uma nova razão de comprar.

 “Não é isso que todos nós queremos ver?”, disse Amy Astley, a editora da Teen Vogue, antes da apresentação da Chanel sob o teto de vidro do Grand Palais. Aquela coleção sozinha, exibida em um jardim francês feito para concorrer com Versailles, poderia ter o efeito de fazer as pessoas comprarem de novo, mostrando as grandes tendências da estação, como cor, romantismo, transparência, comprimentos mais longos (com opções mais curtas para quem ainda não está preparado) e, felizmente, calçados usáveis.

 “Eu gosto do fato de que, se você usar uma saia longa, que arraste no chão, durante o dia, não vai parecer estranha”, disse Astley. “Ou gótica.”

 A nova direção para a primavera, de fato, devia uma dívida a uma exposição que ocorreu do outro lado da rua, em março: uma retrospectiva da carreira de Yves Saint Laurent, cujas combinações de cores (como rosa e laranja), estampas animais, paletós de terno e saias de camponesa foram modernizadas em coleções tão diversas como Marc Jacobs em Nova York, Ferragamo em Milão e, em Paris, o desfile de Yves Saint Laurent de Stefano Pilati. Foi uma temporada brilhante – não tão perfeita, mas com notas altas e drama o bastante para merecer uma comparação à ópera.

 Comprimentos e formatos

“Esta temporada não é só de roupas de festa”, disse Marilyn Blaszka, em um táxi para o desfile da Celine em um clube de tênis em uma parte chique da cidade.

 “Talvez a festa acabou e a realidade esteja começando a se estabilizar”, disse Dominic Marcheschi, a sócia dela na loja Blake, em Chicago.

 É possível sentir o alívio nas vozes delas. As saias mais compridas e os cortes mais perdoáveis de jaquetas, com ombros mais soltos, como de Miuccia Prada, são mais fáceis de usar, e vender, do que roupas que só tem a ver com sexo. Nesta estação, pela primeira vez, Blake comprou a coleção Versace, com suas linhas gráficas e proporções maduras.

 Os formatos da estação seguiram dois caminhos divergentes: as linhas superclean no desfile de Jil Sander e os vestidos alinhados de Calvin Klein representando um lado; os vestidos longos, fluidos como lingerie de Bottega Veneta, Stella McCartney e Narciso Rodriguez, o outro. (Saias mais curtas podem ainda ser encontradas em Giambattista Valli, Pucci e Isabel Marant, e Astley previu que comprimentos mais longos podem levar algumas estações para realmente pegarem, então não desista da academia ainda).

 “Por um lado, há uma porção de sobriedade nas coleções”, disse Roberta Myers, editora da Elle. “Do outro, há muito movimento, especialmente perto do chão.”

 Cores da temporada

As desafiantes cores de Milão e Paris foram precedidas de desfiles em Nova York, mais comumente caracterizados por branco, creme e tons neutros (em Thakoon, Alexander Wang e Donna Karan). Talvez esses foram limpadores de paleta, mas os tons elétricos de Raf Simons na Jil Sander foram como uma revelação, e os estilistas que seguiram se juntaram ao coral.

 “Sinto um senso real de otimismo aqui”, disse Linda Fargo, a diretora de moda da Bergdorf Goodman. “Cor, para mim, indica isso de maneira forte.”

 Foi impressionante ver aquelas combinações chocantes de rosa e laranja em vários desfiles: Martin Grant, Yves Saint Laurent, Cacharel, Giles Deacon, Christopher Kane e Marc Jacobs. (Karl Lagerfeld, no desfile da Chanel, disse a Cathy Horyn do The Times: “Não acredito que as mulheres querem andar por aí parecendo com uma sacola Saint Laurent”). Independentemente, isso fez com que a incursão no minimalismo no último outono se pareça com um pontinho no radar fashion.

 “Depois da Celine-ficação da moda, tudo tem a ver com bom gosto e bege,” disse Mickey Boardman, diretor editorial da revista Paper, se referindo à mania do casaco camelo iniciada pela estilista da marca, Phoebe Philo. “Acho que todos nós temos fome do pink.”

 Estampas selvagens e coloridas têm sido um fenômeno na Europa, começando com os vestidos divertidos da Prada, com macaquinhos escalando do lado. Akris ofereceu uma gama de orquídeas selvagens; Missoni incorporou letras de rock com ziguezagues; e Stella McCartney trabalhou um tema cítrico de laranjas e limões.

 Também houve minitendências nos desfiles. O uso mais leve da cor veio nos novos tweeds que apareceram aqui e ali, mais cativantemente na Proenza Schouler em Nova York. Deacon, em seu desfile da Ungaro, traduziu a assinatura fúcsia da casa em tweed; e Oscar de la Renta, é claro, teve seus toques espirituosos.

 Em Paris, houve toques do punk, em Balenciaga, Balmain e Jean Paul Gaultier, e uma viagem psicodélica de Yohji Yamamoto, que tocou em toques anteriores de luxúria hippie de Michael Kors, em Nova York, e Pucci, em Milão.

 “Do nada, tivemos essa porção do punk que nos surpreendeu”, disse Ken Downing, diretor de moda da Neiman Marcus. “É uma ideia anos 1970, e muitos estilistas estão fazendo o início dos anos 1970, então faz sentido que alguns olhem mais para frente na década.”

 Vendo através de tudo

O popular livro de Gary Shteyngart Super Sad True Love Story se passa em um futuro não tão distante no qual a cultura consumista é obcecada com a aquisição de jeans que se pode ver através e roupa íntima de uma marca chamada Onionskins, de uma loja cujo nome não é publicável. As passarelas de Paris ofereceram uma aproximação de como isso poderia parecer, no desfile de Zac Posen, por exemplo, em que uma modelo usou um body transparente de renda que expunha todo o seu bumbum. Peter Copping, da Nina Ricci, mostrou uma blusa fina sobre um sutiã fino, e ainda se podia notar as partes relevantes.

 Houve muitos exemplos de transparência para citar todos, mas alguns dos looks mais efetivos, e possivelmente vendáveis, incluem os trench coats de John Galliano e Junya Watanabe e, de Dries van Noten, uma fina camiseta pêssego que foi desfilada sobre um vestido-camiseta branco (outro item essencial para a primavera).

 Nenhum dos compradores estava se enganando que a transparência tem a mesma probabilidade de pegar que as saias mais longas, e alguns dos editores estavam em cima do muro sobre essa tendência.

 “A ideia da transparência dá ideia de leveza”, disse Myers. “Tudo é muito fluido.”

 Boardman defendeu. “Sou do meio-oeste”, ele disse. “Tudo em que eu fico pensando é como ela vai usar um sutiã com isso?”

  Fonte:moda.ig.com.br

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