A queda de cabelo atinge cada vez mais o universo feminino, e o que antes eram problemas apenas dos homens, hoje tem preocupado também as mulheres
Acúmulo de funções, stress, má alimentação e alterações metabólicas podem ser as causas. “O cabelo perde a saúde e a beleza por fatores internos, como alterações nutricionais, manifestações genéticas, irregularidades hormonais, e por agentes externos, como poluição e exposição excessiva ao sol ou à nicotina, que têm efeito cumulativo”.
Sinais de alerta
O cabelo também precisa se defender de agressões provocadas por nós. Isso acontece cada vez que o penteamos, passamos as mãos com resíduos de cremes ou de suor nos fios ou ainda quando realizamos tratamentos químicos, como coloração, relaxamento e escovas dos mais variados tipos. “Não é surpresa para ninguém que o fio sofre com tudo isso. Se ele for comprido e fino e tiver crescimento lento, o dano será maior”.
É claro que é possível combater os efeitos negativos do excesso de química ou abandonar hábitos prejudiciais. Mas, se você tem notado uma queda acentuada de fios, é preciso procurar um dermatologista. De acordo com médicos, há três fases de queda.
1. O cabelo afina na parte anterior e superior da cabeça. Parece que a risca do penteado está mais larga.
2. Há uma rarefação acentuada, criando uma espécie de transparência, que permite que se veja o couro cabeludo.
3. Os fios ficam finíssimos, frágeis, quebradiços e mais claros, com exceção da linha rente à testa e acima da nuca (áreas menos suscetíveis à ação hormonal).
O xis do problema
É bom lembrar que o cabelo tem um ciclo de vida e dele faz parte um período de queda. Outro fator que deve ser levado em conta é que no inverno os fios tendem a cair mais. “Sensores de luz localizados na pele recebem menos luminosidade, diminuindo o estímulo da divisão celular, o que gera um número menor de fios e enfraquece a raiz. Nessa época aumenta a incidência de dermatite seborréica (caspa), que pode provocar danos”.
Fototricoscopia: simples e não invasivo, permite uma avaliação imediata sem necessidade de remoção ou biópsia de material.
Fototricograma: avalia o crescimento capilar por fotomicroscópica.
Microscopia óptica polarizada: analisa a qualidade do fio, colhido por tração capilar.
Controle fotográfico: utiliza fotos de diferentes ângulos da cabeça.
Perfil laboratorial: inclui exames nutricional, metabólico e de atividade inflamatória.
Biópsia do couro cabeludo: essencial no diagnóstico de doenças inflamatórias.
Frente de combate
Após avaliação médica, o especialista determina qual é a melhor terapia e pode também recomendar tratamentos combinados. Conheça os mais modernos.
Medicamentos de uso oral -Bloqueiam a produção do hormônio di-hidrotestosterona, que, quando produzido em excesso, destrói os folículos capilares responsáveis pelo crescimento dos fios. Os mais indicados para as mulheres são os que contêm espironolactona na composição.
Loções para aplicação local-As formulações contêm minoxidil ou alfaestradiol, substâncias que aumentam a circulação sanguínea, estimulando a produção de fios.
Intradermoterapia ou mesoterapia-Injeção de medicamentos diretamente no couro cabeludo. As aplicações são doloridas e, em alguns casos, podem ocorrer leves sangramentos e inflamações no local. Em geral, são feitas dez sessões.
Carboxiterapia-Injeção de gás carbônico no couro cabeludo para promover a oxigenação e aumentar a circulação local. São recomendadas cerca de 15 aplicações.
Laser de baixa potência-Feixes de luz são direcionados para as áreas calvas e penetram na pele, estimulando a irrigação sanguínea e a nutrição dos folículos. A recomendação é de dez a 12 sessões.
Transplante-É uma cirurgia em que os fios naturais são retirados da área doadora (normalmente na parte de trás da cabeça) e implantados um a um na região calva.
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