Você tem um trabalho criativo? Então cuidado com o estresse

Pesquisa aponta que quem tem um trabalho criativo sofre de estresse por não conseguir separar bem a vida pessoal da profissional A atividade criativa pode ser muito estressante e ultrapassar os limites do ambiente de […]

Pesquisa aponta que quem tem um trabalho criativo sofre de estresse por não conseguir separar bem a vida pessoal da profissional A atividade criativa pode ser muito estressante e ultrapassar os limites do ambiente de trabalho formal Uma recente pesquisa da Universidade de Toronto, no Canadá, aponta que trabalhos que envolvem criatividade podem ser muito estressantes, ao contrário do que se imaginava. A explicação é simples: quem tem atividades criativas geralmente continua a pensar nelas fora do ambiente de trabalho. O professor de sociologia Scott Schieman, um dos autores do estudo, usou como base uma pesquisa nacional feita com 1200 trabalhadores norte-americanos, e chegou à conclusão de que as pessoas que têm maior índice de trabalho criativo acabam respondendo emails, telefonemas ou elaborando novas ideias também quando estão em casa. Conciliar trabalho e tarefas domésticas, segundo o especialista, é altamente estressante e pode acabar gerando problemas familiares sérios. Para Schieman, as conclusões da pesquisa discutem o mito de que quem tem um trabalho altamente criativo geralmente sofre menos estresse. Mas ele também aponta que os trabalhadores criativos relatam um nível alto de satisfação quando pensam em suas atividades, o que é muito diferente do sentimento de desânimo que costuma acometer quem tem uma rotina sem desafios. Para o psiquiatra e consultor Frederico Porto, a humanidade passou por três ondas principais de trabalho: o essencialmente agrícola, o industrial e o da informação, que é o atual. “Estas três ondas foram identificadas pelo sociólogo Alvin Toffler, sendo que na terceira, o material de trabalho é a informação. Quando o dia acaba, você vai para a casa e leva o seu trabalho com você, na sua cabeça, notebook e celular. Por isso, o trabalho que envolve mais ideias e conhecimento, como é o trabalho criativo, tende a invadir a vida pessoal com muito mais facilidade”, diz. Ele explica também que, nas outras ondas, a própria estrutura do trabalho ajudava a dividir a vida pessoal e profissional e a reduzir o estresse, mas agora a estrutura não somente não ajuda com até piora o nível de perturbação. “O trabalho é cada vez mais abstrato”, completa. Nesta mistura do profissional com o pessoal, o curioso, segundo o especialista, é que em algumas empresas, o colaborador não pode ler e-mails pessoais ou visitar redes sociais durante a jornada de trabalho, mas espera-se que ele responda mensagens enviadas às onze da noite ou responda e-mails domingo à tarde. “Passamos, portanto, por uma necessidade profunda de aprendermos a nos autogerenciar, senão trabalharemos 24 horas por dia, 7 dias por semana. Temos de reservar o espaço para a vida pessoal”, acredita Marcio Bamberg, que trabalha como headhunter há 25 anos, não acha que o resultado da pesquisa canadense represente bem a realidade. “Quem se estressa mais, aquele que tem a mesma rotina, com repetição de procedimentos e nenhuma liberdade de criação, ou aquele que tem liberdade de trabalhar na hora que achar mais conveniente e produtiva?”, pergunta. Para ele, cada um tem seus respectivos estresses, mas acha que os que são presos à rotina sofrem mais desse mal do que profissionais de criação. “No fundo, cada categoria profissional tem seus ônus e bônus”, diz. Fonte:Conteúdo do site delas.ig

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